Mapeamento participativo é iniciado em Fortaleza
Debate com os agentes sobre as dificuldades enfrentadas por muitos na execução das atividades.
O mapeamento participativo de casos de hanseníase teve início em Fortaleza na última sexta feira, 3, envolvendo agentes comunitários de saúde da unidade básica de saúde Guarany Mont’alverne, no bairro Granja Portugal. A atividade é uma das etapas do projeto PEP++, que fará a abordagem de quimioprofilaxia para reduzir a transmissão da doença em áreas endêmicas de Fortaleza e Sobral.
A ideia do mapeamento é aliar o conhecimento dos profissionais de saúde e as tecnologias de geolocalização para encontrar e confirmar os endereços dos casos de hanseníase com mais precisão. Durante a primeira reunião com os agentes, foi possível discutir sobre os problemas específicos para mapear casos na comunidade, como áreas com altos índices de violência, endereços e nomes incorretos, dentre outros fatores que dificultam o trabalho de localização dessas pessoas para possível detecção de novos casos.
Confira mais fotos desta visita clicando aqui
Em seguida, o trabalho foi orientado por Josafá Barreto, assessor da Netherlands Leprosy Relief (NLR)no projeto PEP++ a nível internacional, que apresentou aos agentes a ferramenta a ser utilizada durante toda a extensão da atividade. Este trabalho de mapeamento deve acontecer ainda no município de Sobral, situada a 250,3 quilômetros de Fortaleza.
O PEP++
Um dos objetivos do projeto é contribuir com a prevenção da doença em contatos de pessoas diagnosticadas entre 2014 e 2018, através da profilaxia pós-exposição ao Mycobacterium leprae. O ensaio clínico fará a administração de medicamentos para matar a bactéria causadora da hanseníase em pessoas expostas à infecção.
Para que a quimioprofilaxia ocorra de forma bem-sucedida, é necessária a identificação dos casos índice. A partir deles, serão buscados os contatos de cada caso. Desta forma, será possível alcançar as pessoas próximas deste caso: familiares, amigos e vizinhos, por exemplo. Com a medicação para os contatos, o projeto busca interromper a transmissão da doença em até 50% nos territórios alcançados após o período de cinco anos.
Data de publicação: 10 de maio de 2019