Fundação NHR Brasil destaca trabalhos científicos para o Medtrop 2024

Com trabalhos que abordam desde vigilância de contatos de pessoas acometidas pela hanseníase a mobilização de profissionais de saúde, a Fundação NHR Brasil confirma presença no Medtrop 2024 com a submissão de três trabalhos científicos

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Avançando na contribuição para a área acadêmica sobre a temática da hanseníase, a Fundação NHR Brasil tem a honra de participar do 59º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Medtrop 2024). A organização teve três trabalhos submetidos e aceitos para apresentação no evento, que ocorrerá dos dias 22 a 25 de setembro em São Paulo.

Os três trabalhos selecionados abordam temas relacionados à vigilância e ao controle da hanseníase, contribuindo para a discussão sobre prevenção em territórios endêmicos. Aymée Rocha, chefe de pesquisas da Fundação NHR Brasil, descreve o resultado das aprovações como fruto do preparo da equipe que compõe a organização.

"A Fundação NHR Brasil tem investido fortemente nos últimos anos na formação dos nossos técnicos, para que esses profissionais possam estar inseridos também nesses ambientes de discussão de alto nível. Agregamos, assim, novos conhecimentos para organização”, defende Aymée.

Conheça as Pesquisas

Iasmyn Viana, enfermeira e assistente de pesquisa do Programa PEP++, celebrou a aprovação de dois trabalhos de sua autoria sobre a caracterização sociodemográfica de contatos próximos de hanseníase participantes da iniciativa e a detecção ativa de casos em um distrito endêmico no Ceará. Ambos estão relacionados à pesquisa multicêntrica que visa avaliar um regime aprimorado de Quimioprofilaxia Pós-Exposição, combinando os fármacos rifampicina e claritromicina em três doses administradas em até 2 meses.

"O trabalho de caracterização dos participantes do Programa PEP++ aborda o perfil dos indivíduos tanto em Sobral quanto em Fortaleza, áreas onde o ensaio clínico ocorre. Esse estudo revela a importância de analisar as características dos envolvidos, tanto para localizar os contatos de pessoas que tiveram hanseníase quanto para avaliar a recepção do projeto pela população como uma medida preventiva possível", frisa a enfermeira.

Outro trabalho proveniente do Programa PEP++, de autoria de Thais de Sousa, também foi aprovado: "Um olhar voltado à hanseníase: percepção de médicos e enfermeiros em municípios endêmicos e as contribuições do Programa PEP++ para as ações de vigilância e controle da doença". A  pesquisa trata sobre o impacto da iniciativa nos serviços de saúde por meio das percepções dos profissionais envolvidos com o projeto.

Sobre o Evento

O Medtrop é uma oportunidade anual para que profissionais de saúde, acadêmicos e outros diversos atores sociais se reúnam a fim de discutirem tópicos relevantes para a promoção da saúde e o combate de Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs).

Aymée Rocha elucida a importância de compartilhar esses trabalhos com a comunidade acadêmica. “É essencial que pessoas de outros estados, de outras organizações, conheçam a pesquisa que está sendo desenvolvida aqui no Brasil de aprimoramento de um esquema de quimioprofilaxia pós-exposição para contatos de pessoas acometidas pela hanseníase”, destaca a gestora.

“Nossas pesquisas trazem insights de como a profilaxia pode ser implementada como ferramenta adicional no contexto das rotinas de serviços de saúde, uma vez que a pesquisa possui um desenho pragmático que se apresenta dentro dessas realidades”, adiciona Aymée.

O evento também sedia o Fórum Social Brasileiro de Enfrentamento das Doenças Infecciosas e Negligenciadas (Fórum DTNs), espaço composto por organizações sociais e lideranças comunitárias engajadas na causa que busca reivindicar direitos e políticas públicas destinadas às pessoas afetadas pelas DTNs. O 9º Fórum DTNs acontece de forma virtual no dia 14 de setembro e presencialmente no dia 21 de setembro. Saiba mais clicando aqui.

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