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A ação é realizada entre os dias 23 e 28 de outubro em municípios de seis estados. O critério de seleção abrangeu cidades com número elevado de casos novos em crianças. 

Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí e Tocantins são os estados que recebem, entre os dias 23 e 28 de outubro, ações do projeto Abordagens Inovadoras para intensificar esforços para um Brasil livre da Hanseníase. Em 20 municípios com altos índices de novos casos em pacientes até 15 anos desde 2015, equipes de especialistas irão a campo para abordar os profissionais da atenção básica para a sensibilização de práticas para diagnóstico, tratamento, prevenção de incapacidades, além de conscientizar para a prevenção do estigma. A iniciativa vem de parceria entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) e tem duração entre os anos de 2017 e 2019 com apoio da Fundação NIPPON, do Japão.  

Com a abordagem aos profissionais nas unidades durante a semana, as atividades se completam no sábado com campanha para realizar exames dermatoneurológicos para diagnóstico, avaliação para prevenção de incapacidades e informações para a população sobre os sintomas da doença. Ao fim desta primeira semana, haverá avaliação dos resultados e planejamento as próximas etapas previstas para o primeiro semestre de 2018. O impacto das ações nos 20 municípios será mensurado ao fim de três anos de intervenções. 

Um núcleo de 27 equipes de especialistas em Clínica Geral, Prevenção de Incapacidades e Mobilização Social conduz a iniciativa, contando também com três coordenadores em cada área no projeto geral e um coordenador municipal em cada cidade. Integram as coordenações de área o Instituo Lauro de Souza Lima (ILSL), a Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação (CGDHE - Ministério da Saúde) e o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN).

Em Tocantins, a assessora técnica da NHR Brasil, Rejane Almeida, é uma das especialistas que conduz a atualização dos profissionais de atenção básica do município de Porto Nacional. No estado, foram mais de 1,5 mil casos de hanseníase diagnosticados em 2016, conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado de Tocantins. Ainda segundo a pasta, o projeto do Governo Federal teve como modelo o projeto "Palmas Livre da Doença de Hanseníase", executado pela Secretaria Municipal de Saúde de Palmas.   

Com 25,2 mil novos casos diagnosticados no Brasil em 2016, a hanseníase está distribuída por todo o País de forma heterogênea, com registros em todos os estados. Segundo dados do Ministério da Saúde, 6,7% destes novos casos foram diagnosticados em menores de 15 anos. Os dados mostram que há focos ativos de infecção e transmissão recente. No Brasil, a alta endemicidade compremete a quebra de cadeia da transmissão da hanseníase. 

Locais

Os municípios participantes do projeto foram escolhidos pela disponibilidade de serviços, profissionais de saúde e intervenção pedagógica. Fortalecer centros de referência nas cidades, ampliar o trabalho de detecção de novos casos de hanseníase e diminuir a proporção de casos com grau 2 de incapacidade física (como garras em mãos e/ou pés e atrofia muscular) são alguns dos objetivos do projeto. Confira abaixo a lista de municípios contemplados pelo projeto.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde de Tocantins)